Prefeituras     Câmaras     Outras Entidades
 
 
 
SEJA BEM VINDO A TRIBUNA ONLINE
GUANAMBI/BAHIA - Sábado, 20 de Abril de 2024
 
 
 
ONDE ESTOU: PÁGINA INICIAL > NOTÍCIAS
 

ÚLTIMAS NOTÍCIAS

   
 
 

EDITAIS

NOTÍCIAS

 

Vírus deixa os baianos entre medo e otimismo
Sábado, 11 de Julho de 2020

Mesmo com o crescimento da percepção do avanço do coronavírus no estado, o nível de otimismo dos baianos aumentou nos últimos meses, segundo pesquisa do DataPoder360, em parceria com o Grupo A TARDE. Entre os dias 6 e 8 de julho, 44% dos entrevistados na Bahia disseram que a vida irá melhorar no futuro, o que representa uma alta de 10 pontos percentuais em comparação com o período de 13 a 15 de abril. Ocorreu aumento semelhante em Salvador: os que responderam que a vida vai melhorar passaram de 35% para 44%.

Em duas semanas, aumentou em 13 pontos percentuais o número de baianos que afirmaram ter ficado doentes ou conhecer alguém que foi infectado. Este foi o maior avanço desde o início da série. O índice subiu de 30% para os atuais 43%. Na capital, quase metade dos entrevistados (48%) sinalizaram fazer parte desse grupo. Pelo levantamento, o número é superior ao percentual dos brasileiros (42%) ouvidos.

A interiorização da pandemia, revelada em dados da Secretaria da Saúde do Estado (Sesab), também é expressa na pesquisa. Na região metropolitana de Salvador (RMS), 44% dos entrevistados disseram ter contraído o novo coronavírus ou ter alguém próximo que ficou doente. No interior, esse índice é de 42%.Apesar do otimismo, 63% dos ouvidos na Bahia – ou seja, quase dois terços dos entrevistados – acreditam que a crise está mais grave agora do que há duas semanas. Essa percepção é especialmente aguda no interior do estado (65%), em comparação com a RMS (53%). Em Salvador, 55% disseram que a crise se agravou.

O levantamento apontou ainda que, além de mais otimistas em relação à vida, os baianos estariam pessoalmente menos temerosos quanto à pandemia, apesar do crescimento do número de casos e óbitos na Bahia. Diminuiu significativamente o índice daqueles que afirmaram considerar a chance de morrer caso sejam infectados – há duas semanas, eram 49%; agora são 39%.

O motorista de aplicativos José Carlos Silveira, de 45 anos, não levava a Covid-19 tão a sério, até ser acometido pela doença. “Tem gente que a ficha só cai quando acontece com alguém da família. Eu tinha esse pensamento de que era só mais um vírus, mas aconteceu comigo e vi a realidade de perto”, contou. Entre os sintomas, além da falta de ar, José teve febre, dor de cabeça, perda de paladar e olfato e ainda fraqueza nas pernas.José Carlos ficou quase 15 dias internado no Hospital Espanhol, dez deles na UTI, onde precisou receber oxigênio via nasal. “Não é brincadeira o que eu vi lá dentro, eu fiquei consciente o tempo todo”, revelou. Apesar de ter esperança em dias melhores, ele acredita que a Covid-19 é “uma doença que veio para ficar”.

O motorista está entre os 70% dos baianos que tiveram sua fonte de renda prejudicada na pandemia e entre os 35% que já receberam o auxílio de R$ 600 do governo federal, pelos números da pesquisa. “O que está me segurando por enquanto é esse auxílio, que mesmo assim não dá para nada”, afirmou José.

José Carlos opina que a crise do coronavírus está mais grave do que há duas semanas, em grande parte pelo comportamento da população. “As pessoas não estão levando a sério essa doença. Fazem festa, farra, terminam sendo infectadas e levando o vírus para dentro de casa, infectando outras pessoas”, pontuou.

Isolamento


“É relevante perceber que, na mesma medida que aumentou o número de infecções, também parece aumentar o cansaço da população baiana com as medidas de isolamento social”, aponta o cientista político Rodolfo Costa Pinto, do DataPoder360. O percentual de pessoas que disseram ter saído para trabalhar aumentou de 37% para 42% em duas semanas na Bahia.

Ainda mais significativo é o fato de 42% dos baianos entrevistados acreditarem que os mais jovens já podem retornar ao trabalho e que apenas 48% defendem que todos devem permanecer em casa. A diferença de seis pontos percentuais foi a menor registrada para a questão desde o começo das pesquisas realizadas.

O DataPoder360 também questionou aos entrevistados se tomariam uma vacina contra o coronavírus, caso seja criada. Na Bahia, 85% afirmaram que com certeza tomariam, enquanto outros 7% disseram que com certeza não tomariam. A rejeição maior à vacina está entre os que têm até o ensino fundamental (9%), quando observada escolaridade, e no grupo que ganha entre dois e cinco salários mínimos (18%) no recorte por renda.

Perguntados sobre uma eventual vacina, 82% dos soteropolitanos consultados disseram que tomariam. Afirmaram que não tomariam 9% dos consultados.

 

FONTE: atarde.uol.com.br  
 
 

ÚLTIMAS NOTÍCIAS:

   
 
    © 1999-2024 TRIBUNA ONLINE