Atingindo a marca de 12 milhões de contaminações por Covid-19 e 550 mil mortes no mundo, até 9 de julho, o diretor da Organização Mundial de Saúde (OMS), Tedros Adhanom Ghebreyesus, chamou atenção, nesta quinta-feira, 9, para a evolução descontrolada da disseminação da doença e pediu unidade para a humanidade, após os Estados Unidos anunciar formalmente a saída da OMS.

“A grande ameaça que enfrentamos agora não é o vírus em si, mas a ameaça é a falta de liderança e solidariedade em níveis globais e nacionais”, disse o diretor da OMS em Genebra, na Suíça.

De acordo com informações da BBC, o diretor fez um discurso emocionado e cheio de pausas, afirmando que “Esta é uma tragédia que… na verdade… está nos fazendo sentir falta de nossos amigos. Perdendo vidas… E não podemos enfrentar essa pandemia com um mundo dividido”.

“Por que é tão difícil para os humanos se unirem, para lutar contra o inimigo?”

Segundo a BBC, houve uma queda no número de casos confirmados desta semana em relação à anterior, entretanto os números ainda continuam altos. As Américas são o continente mais afetado pela pandemia, com o Brasil no segundo lugar em maior número de casos e mortes, atrás apenas dos Estados Unidos.

“Isso está matando pessoas de forma indiscriminada. Não podemos ser capazes de identificar um inimigo comum? Não podemos entender que as divisões ou separações entre nós são realmente vantajosas para o vírus? A única maneira é estarmos juntos”, disse.

Saída dos EUA da OMS
Após passar meses criticando a OMS, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou a saída do país da entidade, acreditando que a OMS administrou mal a crise do coronavírus e se mantém subordinada à China.