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Escolas da Bahia seguem sem data para reabrir
De acordo com o secretário de Saúde da Bahia, Fábio Villas-Boas, o funcionamento das escolas neste momento representa um risco real de contaminação
Quinta-Feira, 24 de Setembro de 2020

Muitas são as dúvidas em relação à retomada de atividades em meio à pandemia provocada pelo novo coronavírus. Cogitou-se a volta às aulas ainda este ano, mas ao que tudo indica não irá acontecer. De acordo com o secretário de Saúde da Bahia, Fábio Villas-Boas, o funcionamento das escolas neste momento representa um risco real de contaminação.

“O risco existe e é real. Há escolas com salas de aula pequenas e pouca ventilação, já há outras com salas amplas, portanto é preciso avaliar cada caso. É necessário conhecer a disponibilidade de lavatórios com sabão líquido, álcool em gel a fim que se possa tomar alguma medida. A recomendação da Sesab é que se espere mais um mês até que haja um decréscimo maior do número de leitos ocupados, principalmente na região sul, sudoeste e oeste”, pontuou.

Villas-Boas também comentou sobre a reabertura dos estádios. “Acredito que a abertura de estádios represente um aumento expressivo do risco. Estamos falando de aglomerações muito acima do permitido, que são de até cem pessoas. Não há como garantir a separação de um público, ainda que seja com 30% da capacidade o que enseja mais de 10 mil pessoas reunidas”, disse.

A pneumologista Fernanda Dantas comentou a respeito da retomada das aulas antes mesmo do surgimento da vacina. “Acho prudente sim, mas com a total segurança e cumprimento de protocolos de segurança no que se refere à proteção individual e coletiva contra a infecção pelo novo coronavírus”, avaliou.

Dantas também pontuou a respeito da quantidade de alunos dentro de um mesmo espaço. “A aglomeração terá que ser evitada de acordo com os protocolos de reabertura das escolas. Rodízio de alunos, redução da carga horária de aulas presenciais e etc. Os alunos que entrarem na escola e que estejam sintomáticos têm um risco real de contaminar pessoas e objetos. Sabe-se, hoje em dia, que as pessoas assintomáticas e que estão contaminadas pelo novo coronavírus disseminam o vírus com uma taxa muito pequena”, explicou.

A infectologista Giovanna Orrico esclareceu a respeito do protocolo que vem sendo pensado pelas autoridades de saúde no que tange o retorno das atividades nas escolas. “Estão sendo elaborados protocolos com muito rigor para o retorno programado das aulas. Risco zero não é possível em nenhum local, mas com uso de máscaras nas crianças maiores, distanciamento em salas de aula através de mapeamento de cadeiras, uso de álcool gel e treinamento de equipe, esse risco é muito menor”, destacou.

A médica também falou sobre a possível autorização de atividades em que a aglomeração seja inevitável, a exemplo dos estádios de futebol, e fez uma comparação com o ambiente escolar. “Se pensarmos em liberação, esta precisa ser muito elaborada. As escolas têm uma importância na formação pessoal e psíquica, daí a preocupação em viabilizá-las Os estádios têm um risco muito grande, não retirando o seu valor à população. Como teremos controle de venda de alimentos em espaço tão grande e com muita circulação de pessoas? Muito difícil na minha opinião. Tem que se pensar com calma e elaborar um plano para mitigação de riscos, com muita cautela”, pontuou.

A infectologista destaca que pode haver uma segunda onda de infecção como acontece em outros países. “Não podemos falar de onda de reinfecção. Para se comprovar reinfecção seria necessário mapeamento genético do vírus, a exemplo do caso de Hong Kong que evidenciou vírus diferente do primeiro na segunda infecção. Temos que temer o fenômeno da segunda onda, que são novas infecções em indivíduos suscetíveis. Os países da Europa já estão vivenciando isso. Aqui no Brasil temos dúvida se ainda não estamos na primeira onda. Muitas moradias irregulares e uma parcela da população infelizmente não aderiu às medidas de prevenção. Precisamos ficar atentos a isso”, disse.

Para concluir, a médica fez uma avaliação do atual cenário da pandemia em Salvador e pontuou que algumas atividades já acontecem de forma segura seguindo os protocolos. “Salvador se preparou de forma muito organizada para a pandemia, com alinhamento de poderes, o que favoreceu o serviço de saúde. Muitas atividades já transcorrem de forma segura - restaurantes com horário marcado, academias que estão seguindo os protocolos de segurança, shoppings. Alguns setores como bares, praias (onde pode haver comércio), cinemas precisam de rigor no controle. Se todos elaborarem protocolos bem definidos e passíveis de cumprimento, teremos um retorno seguro.

 

FONTE: www.trbn.com.br  
 
 

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