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Dia Mundial do Meio Ambiente convida à reflexão sobre uma vida sustentável
Data instituída pela ONU incentiva debate sobre o uso dos recursos naturais e a redução de danos da ação humana sobre a natureza
Domingo, 05 de Junho de 2022

Pense numa riqueza que se perde aos poucos por causa de ações impensadas e não corrigidas a tempo. Apesar de essa descrição corresponder a um prêmio de loteria, não é: trata-se da água, da fauna, da flora e tantos outros recursos da natureza. E, ao contrário do prêmio, o meio ambiente é indispensável para a manutenção da vida. Neste domingo (05), o Dia Mundial do Meio Ambiente, implementado pela Organização das Nações Unidas (ONU) e marcado pela Conferência de Estocolmo realizada na Suécia em 1972, que colocou em pauta o compromisso de cada país pela redução dos impactos causados pela interferência humana (a redução da emissão de gás carbônico e o incentivo ao consumo responsável são só alguns desses objetivos).

Neste ano, o tema escolhido pela ONU é “Uma Só Terra”, defendendo a vida sustentável em harmonia com a natureza, convidando a sociedade a repensar essa relação com os recursos ambientais, fazendo mudanças reais no seu modo de viver, produzir e consumir. Assim, em prol de um estilo de vida mais verde, as escolhas mais acertadas por parte de cada indivíduo e o investimento em políticas públicas por parte dos poderes federais, estaduais e municipais devem se juntar num esforço coletivo. E é preciso agir o quanto antes: o Brasil está entre os dez países que mais contribuíram para o aumento nas emissões dos gases de efeito estufa, que comprometem seriamente o clima devido à subida na temperatura na Terra. E a ação humana tem muito a ver com isso.

De acordo com o coordenador técnico da Plataforma ABC+ da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) Celso Manzatto, o desmatamento tem sido responsável pela grande fatia dos impactos dos gases de efeito estufa no país há pelo menos trinta anos. Queimadas em áreas de floresta feitas de forma irregular para fazer pastagens ou plantações entram nessa conta: o monitoramento realizado pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) mostra uma grande mancha vermelha na área da Bahia; em 2022, já foram registrados 1.074 focos de calor por aqui. O Estado é o terceiro com mais pontos, perdendo apenas para o Mato Grosso, com 4.729 focos, e o Tocantins, com 1.461 zonas de calor. Ainda nos dados do Inpe, os biomas mais afetados pelas queimadas neste ano são o Cerrado (6.889 focos de calor) e a Amazônia (5.077 focos).

Outro grande problema enfrentado pelo país é a forma de lidar com os resíduos: o Brasil foi listado como o quarto pior do mundo em reciclagem num ranking elaborado por pesquisadores das universidades de Columbia e Yale (Estados Unidos). Com o tratamento adequado, produtos que chegaram ao fim da vida útil podem ter um novo destino. “Considerada uma das alternativas ambientalmente mais seguras, sustentáveis e que atende à legislação vigente, as atividades de reciclagem de efluentes e compostagem em escala industrial, promovem a valorização de resíduos muitas vezes indesejados, possibilitando sua transformação em novos insumos como fertilizantes orgânicos compostos, que promovem diversos ganhos ambientais e socioeconômicos. Trata-se de um ciclo perfeito de economia circular”, explicou Lívia Baldo, especialista em gestão de resíduos da Tera Ambiental, focada na valorização de resíduos orgânicos.

Bahia

Por aqui, o Instituto do Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Inema), vinculado ao Governo da Bahia dedicará o mês de junho inteiro a debater e engajar os cidadãos a respeito do cuidado com o meio ambiente. Os baianos terão acesso a atividades que versam sobre mudanças climáticas, Educação Ambiental, gestão da fauna silvestre e demais assuntos que abrangem a natureza. “Preparamos uma série de atividades com o objetivo de desenvolver um processo de sensibilização e de troca de conhecimento entre especialistas da área ambiental e a sociedade baiana”, disse Daniella Fernandes, diretora-geral do Inema e chefe de gabinete da Secretaria de Meio Ambiente (Sema). Uma das iniciativas é o Bem-Te-Ouvir, podcast que visa a reflexão sobre a responsabilidade de e o compromisso de cada um sobre as questões ambientais.

Para Marcia Telles, titular da Sema, a Bahia avançou bastante nos últimos anos em termos de responsabilidade socioambiental, dando ainda mais força à data. “Celebramos também as conquistas alcançados pela gestão ambiental da Bahia, colocando o estado em lugar de destaque no país, por meio da implementação e fortalecimento de políticas públicas inovadoras, como exemplo do Plano Estadual para Economia de Hidrogênio Verde, instituído este ano pelo decreto nº 21.200, impulsionando o desenvolvimento sustentável, por meio do incentivo a estudos e investimentos para substituição de combustíveis fósseis por energias renováveis”, pontuou a secretária de Meio Ambiente. Em 2021, foram investidos R$ 4,9 milhões em gestão ambiental na Bahia, e mais R$ 7 milhões no combate aos focos de incêndios.

Além dos aportes financeiros, a Sema também ampliou os projetos e ações de Educação Ambiental na Bahia, apresentou avanços no Sistema Estadual de Gerenciamento dos Recursos Hídricos (SEGREH), e conduziu o Programa Harpia, iniciado no ano passado com a adoção de estratégias de monitoramento e fiscalização dos biomas baianos, visando reduzir o desmatamento ilegal e viabilizar a recuperação das áreas perdidas.

 

FONTE: www.trbn.com.br  
 
 
   
 
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