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1º de Maio: Trabalhadores lutam por melhores condições
Para quem vive a labuta do dia a dia ainda falta muito para que o dia 1º seja celebrado de fato
Segunda-Feira, 01 de Maio de 2023

No dia 1º de Maio  comemora-se o Dia do Trabalhador no mundo inteiro, mas para quem está na labuta do dia-a-dia no Brasil ainda falta muito para celebrar de fato como se deveria: melhores salários e cargas de horário, condições mais dignas, respeito aos direitos trabalhistas e o fim, de fato, dos casos de trabalhos análogos à escravidão, que vem sendo denunciados no país, são algumas das lutas constantes da classe trabalhadora.

Uma das conquistas mais recentes apontadas pelos brasileiros foi o aumento do salário mínimo anunciado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, após ficar estagnado durante 4 anos, que deve passar a vigorar a partir de 1º de maio.  No entanto, o valor, que será de R$ 1.320, ainda é considerado insuficiente para a realidade. Para se ter uma noção, o salário mínimo ideal para sustentar uma família de quatro pessoas em agosto no Brasil deveria ter sido de R$ 6.298,91, conforme o Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos).

A verdade é que o Dia do Trabalhador se tornou uma data para ampliar as pautas e as lutas da categoria, conforme explica o secretário de administração da Central Única dos Trabalhadores (CUT-BA), Alfredo Santos.  “Esse ano nosso slogan é ‘por emprego, renda, direitos e democracia’. É importante marcar que antes de ser uma data de comemoração, é de luta por mais direitos. Precisamos ainda debater a revogação da reforma trabalhista, senão a revogação completa, um novo modelo de reforma previdenciária mais justa”, explica.

Na Bahia e em Salvador, assim como em todo o país, a caminhada ainda é longa.A Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNADC) Trimestral (4º trimestre de 2022), traçou o  perfil dos trabalhadores na Bahia e em Salvador.  Com forme os dados, no 4º trimestre de 2022, metade da população baiana de 14 anos ou mais de idade (50,1%) estava trabalhando, em ocupações formais ou informais. Havia 6,1 milhões de trabalhadores no estado. Num estado de maioria negra, como era de se esperar, oito em cada 10 trabalhadores são pardos ou pretos (80,6% ou 4,9 milhões).

 Chama a atenção na pesquisa o fato de que a maioria dos trabalhadores está na informalidade, que é alta mesmo entre os empregados: cinco em cada 10 trabalhadores estão nessa situação, ou seja, 52,1% do total.  Conforme a Amostra, quatro em cada 10 empregados não têm carteira de trabalho assinada (37,5% ou 1,5 milhão).

Os trabalhadores também nem sempre contribuem para a Previdência Social. Ainda conforme a pesquisa, na Bahia cinco em cada 10 trabalhadores não contribuem, o que equivale a 3,1 milhões de pessoas.

Para Alfredo Santos, da CUT-BA, é preciso rever a idade mínima de aposentadoria, por exemplo. “È preciso um novo modelo de reforma previdenciária mais justa, não é plausível por exemplo uma idade mínima universal de 65 anos quando você tem algumas regiões do país, especialmente as mais pobres com expectativa abaixo dos 60. Dizer que a expectativa é de 80 no Brasil é desconsiderar que o país é continental. A expectativa média de vida é uma coisa no  Morumbi, outra na Caatinga, outra na periferia de São Paulo”, exemplifica.

O aumento do salário mínimo é considerado por especialistas um avanço no país, ainda que o valor tenha sido pequeno. Agora, a luta, afirmam, é para que seja instituída a Política Nacional de Valorização do Salário Mínimo a longo prazo. O projeto é do senador Paulo Paim. A proposta prevê reajuste anual do salário mínimo levando em conta a inflação e o dobro da variação real positiva da variação do Produto Interno Bruto (PIB).

Para o secretário da CUT-BA, Alfredo Santos, a retomada da ideia já é um começo. “Ainda que o valor seja pequeno, retomamos o conceito.Isso é muito importante”, declarou.

 

FONTE: www.trbn.com.br  
 
 
   
 
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