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Número de mortes pela Alzheimer e demências dobra em 10 anos
As mortes associadas a quadros demenciais costumam ocorrer nos estágios mais graves da doença.
Terça-Feira, 30 de Maio de 2023

Com o acelerado aumento da população idosa e a elevação da expectativa de vida no Brasil, o número de mortes associadas à doença de Alzheimer e a outras demências mais do que dobrou no País em 10 anos, mostra levantamento inédito feito pelo Estadão com base em dados do portal Datasus, do Ministério da Saúde.

Entre 2012 e 2022, o total de óbitos associados a demências cresceu 107%, passando de 15,6 mil para 32,4 mil - o equivalente a quase quatro mortes por hora. Desse total, 27,3 mil ocorreram por complicações do Alzheimer e as outras 5,1 mil estavam relacionadas a outras demências. A alta foi superior à taxa de crescimento da população maior de 60 anos no País - 40% entre 2012 e 2021, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

As mortes associadas a quadros demenciais costumam ocorrer nos estágios mais graves da doença. “Quando o Alzheimer chega a uma fase mais avançada, depois de 10 a 12 anos de evolução, leva ao imobilismo, à dificuldade de deglutição, condições que provocam infecções pulmonares, engasgos frequentes, infecções urinárias. O Alzheimer em si não mata, mas são essas complicações causadas pelo avanço da doença que acabam levando o paciente à morte”, explica Ivan Okamoto, neurologista do Núcleo de Excelência em Memória (Nemo) do Einstein.

O fato de os pacientes serem idosos e, na maioria das vezes, já conviverem com outras doenças os torna mais vulneráveis a responderem mal a essas complicações. “Geralmente são pacientes frágeis, com muitas comorbidades, com maior risco de quedas com fraturas, entre outros problemas”, diz Rodrigo Rizek Schultz, presidente da Associação Brasileira de Alzheimer (ABRAz) e professor titular de Medicina da Universidade Santo Amaro (Unisa).

“Na fase grave da doença, o paciente começa a ter déficits motores porque há uma atrofia tão grande do cérebro que ele pode parar de caminhar e falar, ter dificuldades respiratórias, ter perda de equilíbrio”, afirma Diogo Haddad, neurologista e coordenador do Núcleo de Memória do Hospital Alemão Oswaldo Cruz.

 

FONTE: www.trbn.com.br  
 
 
   
 
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