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Mais de mil óbitos por câncer de próstata na Bahia ocorreram em 2023
Segundo o INCA, há uma estimativa que essa doença cresça 8,5% nos próximos três anos
Quinta-Feira, 26 de Outubro de 2023

Uma doença silenciosa e que atinge os homens é o câncer da próstata. Quando ele surge no paciente, os sintomas podem até ser confundido com o crescimento benigno da próstata, o que pode enganar a pessoa acometida. Na Bahia, segundo a Secretaria de Saúde da Bahia (Sesab), mais de mil óbitos pela doença foram registrados de janeiro a outubro. E o número de internações por causa da enfermidade chega a mais de 1,8 mil.

De acordo com o Instituto Nacional do Câncer (INCA), as estimativas para a doença nos próximos anos são altas. Para o próximo triênio (2023/2025), espera-se mais de 71 mil novos casos de câncer de próstata por ano em todo o Brasil. O que somaria algo em torno de 215 mil novos casos da doença. Este tipo de câncer só ficará atrás apenas do câncer de pele. A região Nordeste é uma das áreas do país onde esse câncer mais prevalece.

Segundo a Sociedade Brasileira de Cirurgia Oncológica (SBCO), estes números reforçam a urgência da conscientização do público masculino sobre os fatores de risco que podem ser evitados e a consulta anual ao urologista para o exame clínico e de PSA, essenciais para o diagnóstico precoce, que aumenta a chance de cura. O Brasil é o quarto país em número de casos de câncer de próstata, atrás apenas dos Estados Unidos, China e Japão.

A doutora Karin Anzolch, urologista e diretora de comunicação da Sociedade Brasileira de Urologia (SBU) em conversa com a Tribuna da Bahia, explicou que embora não possa ser prevenido totalmente, fazer o diagnóstico de maneira precoce é de extrema importância para curar a doença. “Quando achado precocemente, o tratamento oferece índices de cura acima dos 90%. Como é uma doença que inicialmente não produz sintomas, aconselha-se que o homem não espere sentir alguma coisa para procurar assistência. A conscientização e o diagnóstico precoce são as principais armas que temos para combater a doença”, pontuou a especialista.

Karin ainda informou sobre os fatores de risco, que quatro são os mais conhecidos. “O primeiro é o envelhecimento. A doença é muito rara de aparecer antes dos 40 anos. O segundo tem a ver com a hereditariedade. Quem tem casos de câncer de próstata na família, sobretudo quando são parentes próximos como pai, irmão, tio, avô, tem que ter mais atenção. O terceiro é a raça. Vários estudos mostram que pessoas com ascendência africana têm mais chances de apresentar a doença e de forma até mais agressiva e por fim, o último fator de risco é a obesidade. Embora aparentemente não tenham mais chance de desenvolver a doença, há estudos que mostram que, quando apresentam, a evolução pode ser pior, inclusive por formas mais agressivas da doença e também por dificuldades inerentes aos tratamentos nessa condição”, concluiu Karin.

A SBU informou que há também estudos em andamento sobre outros fatores de risco para a doença como alterações genéticas não hereditárias, processos inflamatórios crônicos da próstata (prostatite), fatores ambientais e dietéticos. Há possibilidade da descoberta de outros fatores ao final destas pesquisas.

Sobre o tratamento, a SBCO explica que varia de acordo com a localização e o estágio da doença. Portanto, a cirurgia às vezes não é necessária. Já quando a doença é localizada, ou seja, só atingiu a próstata e não se espalhou para outros órgãos, costuma-se fazer uma cirurgia ou radioterapia. Em alguns desses casos, pode ser proposta a observação vigilante no tumor.Para doença localmente avançada,o cirurgião oncológico Héber Salvador, presidente da SBCO,  explica que o indicado é combinar radioterapia ou cirurgia com tratamento hormonal. Já nos casos de metástase (quando o tumor se espalha para outras partes do corpo), o tratamento mais indicado é a terapia hormonal.

 

FONTE: www.trbn.com.br  
 
 
   
 
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