Com a passagem das festas de final de ano, onde muitas pessoas reuniram família e amigos para celebrar Natal e a chegada do novo ano, a preocupação com a Covid-19 acabou sendo deixada de lado no período. O vírus que assolou o mundo e ainda assola o estado segue em circulação, e com uma maior presença de visitantes e turistas na Bahia durante o Natal e Réveillon de 2023, a atenção da Secretaria de Saúde da Bahia (Sesab) se redobrou com a quantidade de casos. De acordo com o Boletim Informativo da Sesab, nos últimos 30 dias, 121 novos casos foram registrados no estado, com 66 óbitos registrados.

No período citado, conforme a Sesab informou, 33 municípios registraram óbitos na Bahia. Os cinco municípios que lideram o número de óbitos são Salvador, com 14 óbitos. Feira de Santana vem logo em seguida, com dez óbitos. Camaçari houve quatro óbitos e as cidades de Irará e Vitória da Conquista, ambas tiveram três óbitos por covid registrados nos últimos 30 dias.

A pasta ainda informou por meio do seu Boletim Informativo que o perfil de infectados costuma ser, a maioria, o público feminino. A faixa etária mais contaminada com o vírus fica entre as pessoas de 30 a 39 anos. Atualmente seguem sendo ofertados 122 leitos, sendo 67 enfermarias adulto e 55 Unidade de Terapia Intensiva (UTI) adulto. Um leito de enfermaria adulto está ocupado e quatro leitos de UTI adulto estão ocupados.

A vacinação contra a Covid-19 tem passado por uma nova estratégia. Desde o primeiro dia do ano, a vacinação das crianças de seis meses a menores de cinco anos, que são um dos grupos prioritários, passou a figurar o calendário nacional de vacinação. O Ministério da Saúde (MS) também passou a recomendar uma dose anual ou semestral para grupos prioritários.

A infectologista Clarissa Cerqueira conversou com a equipe da Tribuna da Bahia e falou da importância dos cuidados com a covid durante o verão. Ela explicou que por ser a alta estação, há um número de visitantes maior no nosso estado. “Nessa época recebemos turistas do mundo todo, de outros estados, então temos um risco maior de circulação de vírus. Incluindo um risco maior do aumento dos casos de Covid-19. Lembrando sempre que é preciso observar os casos testados e notificados. Pois, temos muitos casos de subnotificação, que são os pacientes que não fazem o teste. Digo por que, tenho percebido o aumento de casos e, em geral são pacientes que não fizeram o autoteste, o que nem há a notificação. Então reforço que se sentir os sintomas, se testa, após confirmando na testagem, se isola. Porque assim, reduzimos a transmissão”, pontuou a infectologista.

Clarissa ainda reforçou que quem tem comorbidades, se forem aglomerar, o que não é o ideal, devem manter as medidas de prevenção e a utilização da máscara.

A respeito da vacinação, principalmente nas crianças, a infectologista enfatizou que é uma das medidas mais eficazes existentes. “É super importante desde cedo nós vacinarmos as crianças. A vacina se mostrou segura e eficaz, então é um ganho que temos essa implementação da vacinação nas crianças no calendário nacional. E para os adultos também, que estão sem o esquema vacinal completo, reforço que se vacinem. Quando vemos esses casos de Covid, geralmente são pessoas que não o esquema vacinal completo”,concluiu Clarissa.