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ACELEN E BNDES FECHAM FINANCIAMENTO PARA CONSTRUIR CENTRO AGROINDUSTRIAL. PRODUÇÃO DE MUDAS VAI PARA BAHIA E MINAS
Quinta-Feira, 17 de Outubro de 2024

O BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) e a Acelen fecharam um financiamento de R$ 257 milhões para a construção de um centro agroindustrial em Montes Claros, Minas Gerais.

A Acelen  vai usar a macaúba para produzir um bilhão de litros de SAF (sigla em inglês para combustível sustentável de aviação) e diesel renovável a partir de 2028 na refinaria que está sendo implantada em Mataripe, na Bahia.

O objetivo do centro será a pesquisa da macaúba, com o desenvolvimento e a germinação de sementes para produzir 10 milhões de mudas por ano em Montes Claros. Essas mudas serão enviadas para fazendas de terras degradadas no norte de Minas Gerais e no Sul da Bahia, que juntas somam 180 mil hectares –sendo 20% de pequenos produtores rurais.

Próximo às plantações, a Acelen vai construir moinhos para extrair o óleo vegetal da macaúba. A partir disso, o insumo será enviado para a biorrefinaria em São Francisco do Conde, onde a Acelen já opera a refinaria Mataripe, comprada da Petrobras em 2021.

A produção de SAF é um vetor de industrialização e exportação do Brasil nos próximos anos e até agora, só existem no país plantas-piloto.  Países da Europa tendem a rejeitar a produção de combustível com plantas alimentícias, como soja, milho e cana-de-açúcar. O empréstimo, atrelado à TR (Taxa Referencial), indica uma preferência do banco pela macaúba na produção de SAF, que não é amplamente utilizada na produção de alimentos e por isso seja mais aceito no mercado internacional.

Até 2050, todas as companhias aéreas do mundo precisarão substituir o atual querosene de aviação por combustíveis limpos.

Em tese, a macaúba tem o potencial de produzir de 7 a 10 vezes mais litros de óleo vegetal por hectare do que a soja, matéria-prima de 70% do biodiesel produzido no Brasil. Mas o desafio é domesticar a espécie para diminuir suas variedades energéticas e possibilitar a produção comercial em escala. Com informações da Folha de São Paulo.

 

FONTE: bahiaeconomica.com.br  
 
 

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