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Casos de derrame aumentam entre jovens
Domingo, 27 de Janeiro de 2013

A aposentada Tânia Maria Barros, 52, aos 36 anos sofreu um  acidente vascular cerebral (AVC), popularmente conhecido como derrame. Enquanto se preparava para ir a uma festa, Tânia desmaiou e só veio acordar depois de 30 dias. "Quando saí do hospital, os médicos falaram que era um quadro irreversível", lembra.
O AVC está deixando de ser um  mal prevalente entre idosos e vem atingindo pessoas mais jovens. Levantamento realizado pelo Hospital das Clínicas da Universidade Federal do Paraná (UFPR) identificou que o total de vítimas subiu de 25% para 32% numa faixa inferior a 30 anos.A  neurologista da UFPR, Viviane Zétola,  explica que a pesquisa identificou a prevalência do sedentarismo entre jovens que sofreram um AVC."Estamos realizando este estudo há algum tempo e observamos um significado aumento da doença em jovens. Isso tem nos deixado muito preocupados. Sabemos que o AVC normalmente se apresenta na terceira  idade, a partir dos 60 anos", disse.Os jovens que sofreram o acidente vascular cerebral estavam na faixa etária de 18 a 49 anos.
Recuperação -
Tânia Maria Barros, que ficou um mês  em coma profundo, conta como se recuperou do derrame: "A minha família teve um papel fundamental para a minha recuperação e me estimulava a não ter pena de mim mesma", avalia.Ela acrescenta que o trabalho  voluntário também contribuiu bastante. "Hoje, faço curso de teatro duas vezes por semana e acredito que as pessoas devem lutar pela sua  recuperação para voltar a ser pessoas normais", enfatiza.Ainda em recuperação, o pedreiro  Florisvaldo da Silva, 50 anos,  sofreu um AVC aos 47. Ele acredita que um dos motivos da doença  foi a bebida e o cigarro."Bebia muito e fumava de vez enquanto, não sentia mais que uma dor de cabeça. Minha família não acreditava que eu iria sair dessa", conta Florisvaldo, ressaltando que está impossibilitado de trabalhar por conta do AVC.
Prevenção -
Especialistas alertam que a maneira mais indicada para se prevenir de  um acidente vascular cerebral é fugindo dos fatores de risco como hipertensão arterial, diabetes, drogas e sedentarismo.O AVC é uma  lesão vascular cerebral que ocorre devido a um fechamento ou ruptura de um vaso, mas comumente uma artéria. A neurologista Viviane Zétola fala sobre  os sintomas que identificam  que a pessoa poderá sofrer do mal. "Os sinais são súbitos: perda da fala, do equilíbrio, da visão e da capacidade de mover ou sentir um lado do corpo", disse.O presidente da Fundação de Neurologia e Neurocirurgia - Instituto do Cérebro - e professor da Famed/Ufba, o neurologista  Antônio Andrade Filho, realizou pesquisa que detectou as principais causas: "Fizemos uma pesquisa com 440 pacientes dos bairros Ondina, Graça, Barra e Rio Vermelho e detectamos que os principais fatores da AVC no idoso  são  hipertensão, diabetes e sedentarismo. Já nos jovens, as drogas, anticoncepcionais e a  anemia falciforme são os principais".O neurologista indica ainda  como se prevenir: "Combater a hipertensão, hidratação do corpo,  ter uma boa alimentação e realizar  atividades físicas são algumas maneiras de prevenir um AVC".Se por um lado o número de casos entre jovens tem crescido, a Secretaria da Saúde do Estado da Bahia (Sesab) identifica  uma redução no número de  óbitos por AVC. Em 2011 foram registradas  3.705 mortes. Já em 2012 o número caiu para 3.208.  Apesar da redução, a Sesab regista  um aumento da doença no Estado  entre pessoas com menos de 50 anos.Dados do Ministério da Saúde indicam que  houve uma redução de 32% na taxa de mortalidade por AVC entre pessoas com até 70 anos no País. Em 10 anos, a  taxa caiu de 27,3% para 18,4% mortes para cada 100 mil habitantes.

 

FONTE: A Tarde  
 
 

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