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Picada de abelha contra as rugas
Cremes feitos a partir do veneno do inseto funcionam como uma espécie de botox natural, combatendo as linhas de expressão. Mas, atenção: alérgicos não podem usá-los
Segunda-Feira, 11 de Fevereiro de 2013


Há quem não veja beleza nenhuma no ditado de que cada ruga é uma história para contar. O não conformismo faz com que muitas declarem guerra às tais marcas de expressão. O mercado disponibiliza inúmeras armas para essa luta, na qual vale tudo: substâncias sintéticas ou naturais, de uso tópico ou injetável. Quem diria que as abelhas, com o veneno que soltam, seriam também uma aliada nessa batalha?

De acordo com a farmacêutica Marisa Protta, responsável por um dos dois laboratórios brasileiros que manipulam um creme à base do veneno da abelha, essa proteína aumenta a circulação sanguínea e, assim, estimula a produção de colágeno e elastina. Ao passarmos o creme no rosto, o organismo é enganado, levado a entender que houve uma picada, e começa a irrigar a região com sangue. Dessa forma, as rugas de expressão são suavizadas, graças à proteína que representa cerca de 60% do veneno, a melitina. “O efeito é muito parecido com o da toxina botulínica (botox). Dá uma paralisada nas expressões”, explica Marisa. Ela também alerta para a característica anti-inflamatória da melitina, o que é bom para espinhas. Em muitos países, a substância é usada até para amenizar as dores nas articulações causadas pelo reumatismo. No Brasil, esse uso ainda é proibido, mas Marisa não descarta essa ação em espinhas faciais.

Dermatologistas ainda falam com ressalvas sobre a eficiência do produto, por não o conhecerem profundamente. O médico José Ferraro acredita que o efeito do creme possa ser passageiro, resultado apenas do inchaço causado pelo veneno. “Da mesma forma que a região que leva uma ferroada incha, o rosto incha também e diminui rugas e sulcos”, explica.

Cyntia Santos da Silva, farmacêutica de outro laboratório que produz cremes com veneno de abelha, conta que diversas outras substâncias que também beneficiam a pele são adicionadas à composição desses cremes — algumas delas também originadas da abelha. Entre elas, a vitamina E, de ação antioxidante, o própolis e o pólen.

O produto à base de abelha é fabricado dentro e fora do Brasil. Segundo o jornal Daily Mail, a versão neozelandesa do cosmético é usada até pela ex-spice girl Victoria Beckham e pela princesa Kate Middleton. Alérgicos a abelhas não devem usá-lo.

Veneno caro
No Brasil, o preço do grama de veneno varia de R$ 50 a R$ 110. Na Europa, nos Estados Unidos e na Ásia, os valores chegam a dobrar. A cada 30g de creme, há cerca 50mg de veneno, quantidade média suficiente para bons resultados e que varia, dependendo do laboratório em que é fabricado o produto. O valor alto é explicado pela quantidade necessária de abelhas para que se extraia 1g de veneno: de 10 mil a 15 mil insetos.

“É uma forma de os apicultores aproveitarem ao máximo as abelhas que criam e terem ainda mais rendimento, já que se trata de uma substância cara, extraída facilmente”, explica o apicultor Ciro Protta. A extração do venenos também é uma forma prática de controlar, semanalmente, a quantidade de abelhas, uma vez que a produção de veneno está diretamente relacionada à população da colmeia.

Para extrair o veneno, uma placa de vidro, que dá leves choques, é colocada na entrada do ninho. Ao se sentir ameaçada, a abelha tenta ferroar a placa e solta o veneno. Como é de vidro, ela não prende o ferrão e não morre, como aconteceria se picasse uma pessoa.

 

FONTE: Correio Braziliense/ foto: Correio Braziliense  
 
 

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