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Professores mantêm greve e esperam nova proposta do governo
Docentes de universidades e escolas federais recusaram ajuste salarial oferecido pelo Palácio do Planalto em reunião nesta segunda-feira
Terça-Feira, 24 de Julho de 2012

Com gritos por manifestantes de “Dilma: a culpa é sua, a greve continua”, a reunião entre representantes do governo e dos professores de universidades e institutos tecnológicos federais nesta segunda-feira (23) terminou sem acordo pelo fim da paralisação iniciada há 66 dias por cerca de 80 mil docentes – conforme o iG havia antecipado. Um novo encontro ocorrerá nesta terça-feira, às 10h.
Foi rejeitada a tentativa do Palácio do Planalto de encerrar a greve a partir de um plano de reajuste salarial escalonado, apresentado na semana passada. “A proposta do governo desestrutura ainda mais a nossa carreira”, diz a presidente do Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior (Andes), Marinalva Oliveira.
O governo descontou a inflação com base nos índices oficiais estimados em 4,7% em 2012 e 4,5% prevista para 2013, 2014 e 2015. Com isso, o reajuste seria de até 77,27% para professores universitários e de 75,48% para docentes dos institutos tecnológicos. Os profissionais titulares poderiam atingir, assim, salário de R$ 17.057,74 em 2015.
O Andes critica a proposta, alegando que apenas 5% do quadro de professores são titulares. A maior parte é classificada como assistente-adjunto e associado. Segundo Marinalva, a proposta foi rechaçada por 58 sessões sindicais espalhadas pelo País. Isto porque, o Andes sustenta que 25% dos professores teriam uma desvalorização salarial se aceitasse a proposta.
A diferença seria o cálculo acumulado da inflação, tomando como base o salário de 2010, medida pelo Dieese. Seriam 35,5% de inflação acumulada. Com isso, professores associados poderiam ter perda de até 8,17% em 2015, enquanto os adjuntos receberiam aumento real entre 0,17% e 2,14%. “A proposta para algumas classes [docentes] teria perda salarial”, diz a presidente do sindicato.
O coordenador-geral do Sindicato Nacional dos Servidores Federais da Educação Básica, Profissional e Tecnológica (Sinasefe), Gutenberg Almeida, afirma que um dos principais pontos que motivou a recusa dos professores dos institutos de ensino tecnológico foi a mudança no interstício – o mecanismo que prevê aumentos programados de salário. “Tudo o que nós vínhamos negociando com o governo foi jogado fora. Estávamos negociando interstício de 18 meses e o governo apresentou um de 24 meses”, diz.
A diferença, segundo ele, seria mais sentida pelas professoras no ato de aposentadoria. As mulheres precisariam trabalhar 22,5 anos para encerrar a carreira com salário menor que o dos homens. “O governo não fez uma proposta de carreira. O que estamos querendo discutir é o futuro da carreira, não é um reajuste”, diz Almeida.

 

FONTE: Último Segundo / Foto: brasil247.com  
 
 

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