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Tarifas bancárias estão na mira do governo
Quarta-Feira, 03 de Outubro de 2012

De nomenclaturas longas e preços altos, as tarifas dos bancos podem passar despercebidas pelos consumidores, mas não pela Secretaria Nacional do Consumidor (Senacom), que pretende monitorar os custos efetivos das operações financeiras do país. Enquanto o correntista limita-se a conferir apenas o saldo das contas, demonstração de desatenção com o próprio dinheiro, ontem, a secretária da Senacom, Juliana da Silva, reuniu-se com o Banco Central (BC) para ordenar como e quando a monitoração será feita.
Com a correria do dia a dia, filas cheias e tempo curto, não sobram segundos para o consumidor conferir as tarifas do extrato bancário. “Confesso que nunca reparei. Sei que existem bancos mais ‘caros’ do que outros, mas nunca me interessei em acompanhar quanto pago pelos serviços na minha agência. Às vezes vejo cobranças de R$ 2 ou R$1,50 e, geralmente, não dou importância”, explicou a professora aposentada, Jaíra Paixão, 52 anos.
Pensando na situação destes correntistas, uma série de investidas contra as instituições financeiras já foram realizadas pelo Banco Central. Inicialmente, houve a unificação dos nomes das tarifas bancárias, assim como a redução dos juros, uma vez que os brasileiros pagavam as maiores taxas do mundo. Na semana passada, o Itaú-Unibanco, Bradesco e Caixa Econômica Federal anunciaram reduções nos juros nas operações de crédito e levaram as altas taxas aos menores patamares da história. De acordo com dados do BC, a taxa média de juros bancários cobrados pelas instituições financeiras nas operações com pessoas físicas ficou em 35,6% ao ano em agosto.
Apesar disso, os avanços são considerados insuficientes para que o consumidor tenha transparência nos gastos. De agora em diante, os bancos prestarão contas ao BC sobre as tarifas cobradas aos clientes, porém considera-se ainda a importância de um detalhamento dos serviços ofertados, assim como das tarifas cobradas, para que os correntistas saibam o valor que pagarão ao associar-se a uma determinada agência. “Taxa de juros é o preço do dinheiro, assim como o salário é o preço do trabalho”, explicou o economista e membro do Conselho Federal de Economia, Paulo Dantas da Costa.
As altas tarifas cobradas, o repasse nas reduções dos juros ao consumidor e as elevadas taxas de cartão de crédito para clientes e lojistas são os alvos da Senacom. O grande problema nesta situação ainda não são as taxas e sim a falta de educação financeira e fiscalização por parte dos clientes. “Os bancos estão sendo alvo de críticas do governo, mas enquanto a população procurar por empréstimos e novos créditos os juros continuarão aumentando. É regra de mercado. Os bancos ganham dinheiro, emprestando dinheiro. Então, se a sociedade não fica atenta a isso, alguém tem que fazer essa monitoração”, afirmou o economista, Nei Cardim.

Educação financeira é importante

Ainda de acordo com Cardim, o Brasil precisa de maior educação financeira para que haja equilíbrio nas taxas de juros. “Na Europa, desde cedo, as crianças são educadas financeiramente. Aqui, as pessoas acham que dinheiro deve ser gasto de qualquer maneira. O consumidor desconhece o valor da taxa de juros e só faz cálculo, na maioria das vezes, para saber a compatibilidade com o salário. Do outro lado, o Governo facilita o crédito, resultando numa demanda de pessoas que não dão a devida atenção aos juros”, explicou.
Após ter se endividado com empréstimos bancários, a microempresária, Tatiana Silva, 36 anos, ressalta a importância da atenção para as taxas bancárias. “Já troquei de banco por duas vezes, em busca de alternativas mais baratas e todo mês confiro as taxas na minha conta. Já tenho muitas despesas, não posso assumir outras por desleixo”, disse.
Segundo Paulo Dantas, a iniciativa da Senacom será de grande importância para os correntistas. “
É uma iniciativa das mais elogiadas, uma vez que com as taxas de juros, tira-se a renda de um grupo e direciona para outro, no caso os banqueiros”, afirmou. Sobre a monitoração a ser realizada nas agências, a Federação Brasileira de Bancos (Febraban), ainda não se pronunciou sobre o assunto.

 

FONTE: Tribuna da Bahia / Foto: radio98to.com.br  
 
 

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