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Sem radares, cai índice de multas aplicadas e sobe número de acidentes em rodovias
No primeiro trimestre deste ano, enquanto ainda havia fiscalização, foi registrada a queda de 7% no número de mortos e 4,3% dos feridos nas rodovias federais
Terça-Feira, 10 de Dezembro de 2019

A retirada dos radares e da fiscalização da velocidade dos veículos nas rodovias resultou no aumento de acidentes e vítimas fatais no trânsito, segundo levantamento feito pelo grupo SOS Estradas, utilizando dados da própria Polícia Rodoviária Federal (PRF). No primeiro trimestre deste ano, enquanto ainda havia fiscalização, foi registrada a queda de 7% no número de mortos e 4,3% dos feridos nas rodovias federais. Com a mudança, em abril, os índices de violências nas estradas começou a subir. De abril a outubro foram 288 mortes e 4,8 mil pessoas feridas nas rodovias.


Coordenador do programa SOS Estradas, Rodolfo Rizzoto conta reforça que, com o desligamento dos radares a partir de abril e o fim da fiscalização da velocidade por parte da PRF, em agosto, fez com que, "pela primeira vez desde 2011", os dados indicassem aumento do número de mortos e feridos. Ele criticou tais determinações, que partiram do presidente da República, Jair Bolsonaro.


“A medida foi tomada sem nenhum estudo que a justificasse, e foi baseada apenas nas reiteradas insinuações do presidente de que policiais rodoviários federais ficavam escondidos, tentando flagrar motoristas em excesso de velocidade e multá-los sem critério. Mais uma vez o famoso discurso da ‘Indústria da Multa’ da qual fariam parte os policiais rodoviários. Ainda que a receita das multas vá para o caixa do Governo e não há como o policial ter acesso aos recursos”, disse.


E continuou: “Não há mais controle em nenhuma rodovia federal exercido pela PRF. Em 16 estados brasileiros não foi aplicada nenhuma multa por excesso de velocidade no mês de setembro deste ano, comparado com setembro de 2018. Passamos de queda de 7% no total de mortos, nos três primeiros meses de 2019, em relação a igual período de 2018, para aumento de 2,7% de abril a julho e de 2% de agosto a outubro. Os números comparativos nos permitem estimar que, mantida a queda de 7% dos mortos registrada entre janeiro e março, no período que foi de abril até outubro, ao invés de termos 3073 mortos registrados entre abril e outubro de 2018, teríamos 2.857 mortos em 2019”.


O levantamento aponta um índice maior ainda para o caso de feridos. No primeiro trimestre deste ano caiu de 19.442 para 18.608 (-4,3%) o número de feridos. Ou seja, 834 vítimas a menos. Com as mudanças na fiscalização, foi registrado aumento de feridos em 5,1% entre abril e julho e mais 9,1% entre agosto e outubro. “Mantida a tendência de queda de 4,3% do primeiro trimestre de 2019 em relação a 2018, deveríamos ter registrado nos sete meses posteriores, abril até outubro, queda no número de feridos dos 43.109 no período em 2018 para 41.255 em 2019. Na prática o número de feridos aumentou para 46.055. Isto significa um incremento de 4.800 vítimas”.


O SOS Estradas alertou ainda para os dados do Nordeste, que “impressiona porque deixa evidente que onde não tem radar de concessionária, como é o caso da Bahia”. Não há mais controle de velocidade nas rodovias que cortam o estado, visto que nenhuma multa foi aplicada pela Polícia Rodoviária Federal.

 

FONTE: www.trbn.com.br  
 
 

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