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Varíola dos macacos atinge até crianças
Terça-Feira, 09 de Agosto de 2022

Entre os 12 casos de varíola do macaco confirmados em Salvador, está o de uma criança de dois anos. De acordo com informações da Secretaria Municipal de Saúde (SMS), este foi o primeiro paciente menor de idade infectado pela Monkeypox. Morador da Boca do Rio, o menino começou a apresentar em 21 de julho os sintomas clássicos da doença, como febre, fadiga muscular e erupções pelo corpo, e foi levado para uma Unidade de Pronto Atendimento. No dia 23, um exame laboratorial confirmou o diagnóstico da nova varíola. Ele foi orientado a fazer o isolamento domiciliar, e recuperou-se do quadro. Ainda segundo a Saúde municipal, os parentes da criança foram acompanhados e não apresentaram sintomas da Monkeypox.

A capital baiana é até agora o município com mais casos confirmados e suspeitos: são 76 pessoas cujos quadros estão em investigação. Além de Salvador, mais cinco cidades baianas já confirmaram ao menos um caso da varíola do macaco: Santo Antonio de Jesus (2), Cairu (1),Conceição do Jacuípe (1), Mutuípe (1 caso)e Ilhéus (1 caso), totalizando 19 contaminações (sendo 18 comprovadas em exame laboratorial). Há, ainda, 130 casos aguardando resultado de exame. Quanto às características dos pacientes que contraíram a Monkeypox, a Secretaria de Saúde da Bahia (Sesab) comunicou que praticamente todos os pacientes são do sexo masculino (17), e os sintomas apresentados são os mais frequentes do quadro, como adenomegalia (inchaço dos gânglios da garganta), dor de cabeça, dores no corpo e na coluna, e febre alta.

Contingência

Para dar uma resposta a este evento de saúde pública, considerado de emergência de interesse internacional pela Organização Mundial da Saúde (OMS) no fim de julho, o Centro de Informações Estratégicas em Vigilância em Saúde (Cievs), vinculado à Sesab, montou uma sala de situação com reuniões semanais e está articulando as áreas de vigilância em Saúde com os Cievs municipais, que devem notificar os casos suspeitos no formulário disponibilizado no site da Saúde estadual.

A SMS ampliou a sua estratégia de contingência: além das 16 UPAs e serviços de pronto-socorro disponíveis na cidade, 28 unidades básicas de saúde foram mobilizadas nos distritos sanitários de Salvador. O paciente pode se encaminhar ao centro de atendimento mais próximo de sua residência, onde será avaliado. Se a infecção por Monkeypox for confirmada através do exame laboratorial (PCR ou sequenciamento), o cidadão será orientado a realizar o isolamento domiciliar por 21 dias, tempo médio de resolução do quadro.

Nas unidades onde não é feita a coleta para exames, o atendimento é feito por uma equipe multidisciplinar, que fará o encaminhamento para o ponto de referência do distrito do morador. Entretanto, é importante saber que a procura por orientação médica não precisa – nem deve – ser feita apenas no momento em que as lesões na pele aparecerem. “Todas as pessoas que cursam com sintomas que incomodam, que doem, que há febre, que doem o corpo, elas têm o direito ao atendimento em saúde. Elas podem procurar a unidade em qualquer momento da doença”, orientou AdielmaNizarala, infectologista da SMS.

Prevenção

Ainda não existe vacina específica para a nova varíola. O imunizante para a versão humana da doença tem uma eficácia de 85%, mas a campanha de vacinação de massa está descartada, pelo menos por enquanto: como o antígeno já não é usado no Brasil desde os anos 1980, quando a varíola humana foi erradicada, a OMS e o Ministério da Saúde seguem montando uma estratégia para a compra das vacinas. O que fazer, então? Quem já é quarentão pra frente, e tomou a vacina na campanha do passado, está protegido? O infectologista Antônio Bandeira acredita que as chances de pegar de novo diminuem.

“Tudo indica que ela é muito eficaz para quem tomou a vacina contra a varíola humana. Mesmo aqueles que tomaram a vacina e acabaram tendo a varíola símia, tiveram de uma forma mais branda, com menos tempo de febre e lesão. Se tiver, vai ter de uma forma mais restrita”, explicou o especialista.

Para quem ainda não pode se vacinar, mas quer se prevenir da Monkeypox, não há muito mistério: os cuidados que foram tomados até agora continuam valendo. “A primeira coisa a fazer é continuar com aquilo que a gente estava fazendo em relação à Covid-19, no aspecto da higienização das mãos, porque o contato usual que a gente tem com alguém é abraçando, é apertando mãos, então normalmente as mãos costumam ser o principal veículo de contaminação para várias doenças”, enfatizou Bandeira.

 

FONTE: www.trbn.com.br  
 
 

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