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Cheia no rio Paramirim traz fartura de peixes em Morpará
Ribeirinhos acreditam em milagre antecedendo a Semana Santa
Quinta-Feira, 06 de Abril de 2023

Um fenômeno se repetiu este ano nos dias que antecedem a Páscoa no município de Morpará, 655 km de Salvador, com grande fartura de peixes na barragem do rio Paramirim, que é um dos afluentes baianos na margem direita do rio São Francisco.
Enquanto parte da população acredita em milagre, crença arraigada principalmente entre os mais velhos, a explicação está ligada às chuvas que foram boas nas últimas duas temporadas, e no trabalho de repovoamento dos mananciais da bacia do Velho Chico.

“Tenho 33 anos e meus avós já contavam que na quaresma apareciam muitos peixes para a Sexta-feira Santa”, contou o servidor público Domingos Rodrigues, morador do bairro Barragem, que fica ao lado do represamento onde o fato ocorre, situado a menos de um quilômetro da foz.
Ele relembrou que antigamente as famílias da região mantinham o costume de dar o resto da comida da sexta-feira santa para os peixes da barragem, “que era para não faltar durante os meses de seca”. Como nas demais localidades beiradeiras, em Morpará a pesca é presente na vida da comunidade, que tem entre 700 e 900 pescadores.

Este ano o primeiro grande movimento dos peixes aconteceu nos dias 30 e 31 de março e 1º de abril, com a expectativa que se repita neste final de semana. “No domingo fomos lá e já estava normal”, pontuou o ribeirinho, de família de pescadores, que praticam a atividade artesanal.

Entretanto, o fenômeno não acontece todos os anos, mas somente depois de uma boa temporada de chuvas. “Passamos muitos anos de seca e sem essa fartura. Algumas pessoas pensaram que nunca mais aconteceria”, enfatizou Rodrigues, acrescentando que as principais espécies do Paramirim são curimatá, tambaqui e piau.
Em Barreiras, município que também faz parte da bacia do São Francisco, a pesca está boa, de acordo com a presidente da Associação dos Pescadores Artesanais da Bacia do Rio Grande, Fernanda Henn.
Os bons resultados chegam depois dos seguidos anos de pouco peixe e pouca chuva e, por causa do clima favorável, este é o segundo ano consecutivo de pesca artesanal farta. Pela riqueza hídrica, a região é o segundo maior polo de piscicultura da Bahia, somando cerca de 100 hectares de lâmina d’água em tanques cavados.

Tecnologia

Os bons resultados da pescaria artesanal no São Francisco, seus afluentes e lagoas refletem o clima, bem como o trabalho executado pelo Centro Integrado de Recursos Pesqueiros e Aquicultura de Xique-Xique (CIX), município vizinho de Morpará.

De acordo com o coordenador do CIX, Antônio Nascimento, nos últimos quatro anos foram produzidos cerca de 6 milhões de alevinos no local, soltos em trechos de diversos municípios do médio São Francisco. Só para a bacia do rio Paramirim o peixamento foi de 62 mil alevinos neste período.
Vinculado à 2ª Superintendência Regional da Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e Parnaíba (Codevasf), o centro é responsável pela reprodução artificial de espécies de relevância para a alimentação dos moradores da região, considerando a importância dos peixes para a nutrição da população.

No total, a Codevasf conta com seis centros similares, que além do repovoamento dos corpos hídricos, desenvolvem estudos sobre qualidade da água, fomentam a aquicultura com pesquisas, capacitação e apoio na organização de pescadores e produtores, dentre outras ações.

 

FONTE: atarde.uol.com.br  
 
 

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