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Doce cenário: Bahia tem potencial para liderar produção de mel
Atividade garante a sobrevivência de mais de 20 mil apicultores da agricultura familiar, e há avanços
Quarta-Feira, 13 de Dezembro de 2023

A produção de mel em terras baianas, que garante a sobrevivência de mais de 20 mil apicultores da agricultura familiar, vem batendo recordes e chegou a cinco mil toneladas por ano. De acordo com pesquisa do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a Bahia é o quarto maior estado produtor de mel do Brasil e o que tem o maior crescimento em números absolutos. Por ano, são gerados R$ 64,8 milhões para os meliponicultores e apicultores baianos, com predominância da agricultura familiar.

O mel tem transformado a realidade em diversas regiões do estado, proporcionando fonte de renda às famílias e impulsionando o desenvolvimento. De acordo com o produtor de mel e diretor-presidente da Cooperativa Agropecuária dos Agricultores e Apicultores do Médio São Francisco (Coopamesf), Rafael Farias, a produção de mel tem realizado os sonhos de muitos pequenos apicultores, que hoje podem comprar uma casa e um carro. “A apicultura mudou a vida de muitas famílias”, enfatizou. Ele produz oito toneladas de mel por ano, o que é muito para um agricultor familiar.

Farias conta que trabalhava com o pai desde os 9 anos de idade cuidando de abelhas na região de Brotas de Macaúbas, onde todo mundo era apicultor amador: colhiam o mel, beneficiavam de forma rústica, mas não comercializavam. Até que foi fundada a Associação dos Apicultores do Vale do Riacho Grande, da qual ele é o tesoureiro, e três anos depois, nasceu a cooperativa, cuja sede fica em Ibotirama, com a finalidade de escoar o produto para a venda. São 200 cooperados, com atendimento a 450 famílias em capacitações sobre inovação e maquinário.

“No início, produzíamos 60 toneladas de mel fracionado por ano. Hoje, a cooperativa produz 700 toneladas por ano, sendo que 90% é exportado para a América do Norte e 10% é envasado no entreposto de Ibotirama para comercialização no estado”, contou. Farias afirma que o brasileiro tem o costume de ver o mel como remédio, e não como um alimento 100% natural e muito nutritivo.

O apicultor explica que as abelhas com que eles trabalham na região são a apis africanizada, com ferrão, e a melipônia, que é sem ferrão e pode ser criada dentro de casa. ”Depois que você faz a captura das abelhas na natureza, uma única colmeia pode chegar a ter 80 mil abelhas operárias. Daí é só ir dividindo o enxame para ir multiplicando”, ensina.

No Médio São Francisco, entre 16 municípios, dez produzem mel a partir das árvores nativas da caatinga, como juazeiro, angico de bezerro, unha de gato, marmeleiro e aroeira - espécies que só existem no sertão e conferem ao produto um sabor diferenciado. “Já ganhamos duas competições de mel na categoria qualidade. Temos o melhor mel da Bahia, que é o Velho Chico”, comemorou, acrescentando que os cursos de boas práticas do Sebrae e diversas outras capacitações com especialistas de todo o país trouxeram muito conhecimento para os apicultores. O Serviço Nacional de Assistência Rural (Senar) tem formado turmas com assistência técnica e quer atrair mais pessoas para o setor melífero.

O mel da cooperativa passa por análise com frequência e tem o Selo de Inspeção Federal (SIF), do Ministério da Agricultura. O que atrapalha, segundo Farias, são os meleiros que vendem sem rótulo nas estradas. “Eles jogam fogo no enxame, matam as abelhas, espremem na mão o mel sem nenhum cuidado, colocam em qualquer recipiente e vendem barato na garrafa pet, podendo contaminar as pessoas. Tinha que haver punição para o atravessador. Nunca comprem mel sem rótulo, verifique sempre a procedência”, alerta.

 

FONTE: atarde.com.br  
 
 

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