Prefeituras     Câmaras     Outras Entidades
 
 
 
SEJA BEM VINDO A TRIBUNA ONLINE
GUANAMBI/BAHIA - Terça-Feira, 14 de Outubro de 2025
 
 
 
ONDE ESTOU: PÁGINA INICIAL > NOTÍCIAS
 

ÚLTIMAS NOTÍCIAS

   
 
 

EDITAIS

NOTÍCIAS

 

Ondas de calor causarão meio milhão de mortes por ano
Terça-Feira, 14 de Outubro de 2025

As ondas de calor, que cada vez mais estão frequentes, podem causar cerca de 500 mil mortes por ano em todo o mundo, caso os países não se adequem às mudanças climáticas. A informação é do Carlos Nobre, um dos mais importantes cientistas do mundo na área do clima

De acordo com o especialista, o Brasil e o mundo ainda estão longe de estar preparados para enfrentar os impactos cada vez mais frequentes dos eventos extremos relacionados ao clima, como as enchentes históricas e devastadoras do Rio Grande do Sul em 2024, mas afirmou que, entre os fenômenos climáticos, as ondas de calor são as que mais levam a mortes.

Só neste ano, as altas temperaturas foram responsáveis por ao menos 16,5 mil mortes na Europa entre junho e agosto, segundo um estudo preliminar publicado em setembro pelo Imperial College London e pela London School of Hygiene & Tropical Medicine, em colaboração com cientistas do Instituto Meteorológico Real da Holanda e das universidades de Copenhague e Berna.

Os pesquisadores usaram dados de 854 cidades, que representam 30% da população europeia. Segundo os autores, o excesso de mortalidade se deve a um aumento médio das temperaturas a 2,2 °C durante o verão europeu, com picos que atingiram 3,6 °C.

Sinal vermelho para o Brasil
No Brasil, Nobre alerta para o fato de que a vulnerabilidade é ainda maior devido à falta de infraestrutura adequada para lidar com o calor. Ele citou que apenas 20% a 22% das residências brasileiras têm ar-condicionado, e que “pouquíssimas cidades possuem áreas verdes suficientes para reduzir a temperatura”.

Os eventos climáticos extremos causados pela chuva também gera um alto risco ao país, observa o especialista, como o ocorrido em abril e maio de 2024 no Rio Grande do Sul. A maior tragédia registrou mais de 2,3 milhões de pessoas afetadas em 478 municípios, com centenas de mortes e desaparecidos.

Estudos do Serviço Geológico Nacional (Semadem) mostram que milhões de brasileiros vivem em áreas de altíssimo risco, expostos a deslizamentos, inundações e enxurradas provocadas por chuvas intensas, como as registradas em território gaúcho.

Para o cientista, o país precisa repensar suas políticas habitacionais como prevenção à crise climática. “Nós temos que criar, vamos dizer assim, aquele programa “ Minha Casa, Minha Vida”, que o Brasil criou muito bem há algum tempo atrás, devia ser Minha Casa Sustentável para Salvar Minha Vida” , sugeriu.

 

FONTE: atarde.com.br  
 
 

ÚLTIMAS NOTÍCIAS:

   
 
    © 1999-2025 TRIBUNA ONLINE