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Especialistas criticam rankings para definir melhor faculdade
Sexta-Feira, 15 de Junho de 2012

Especialistas e entidades avaliam que a formação de rankings não é a melhor maneira de medir a educação e a qualidade das instituições de ensino, pois isto depende dos critérios que cada estudo utiliza. Na última quarta-feira, a Quacquerelli Symonds University Ranking (QS), instituição britânica especializada em avaliar o desempenho de entidades de ensino superior, médio e de pós-graduação, divulgou sua segunda pesquisa das melhores da América Latina que gerou polêmica entre educadores.
De acordo com os critérios da QS, a Universidade Federal da Bahia, que em 2011 estava na 42ª colocação, caiu 17 posições no ranking e saiu da lista das 50 melhores universidades da região. A instituição ocupa agora a 59ª posição. Entre as universidades brasileiras, a Ufba está na 18ª colocação. A Universidade do Estado da Bahia (Uneb) melhorou sua posição, passando da 175ª posição para a 124ª.A Universidade de São Paulo (USP) encabeça a lista da QS. No Nordeste a mais bem ranqueada é a Universidade Federal de Pernambuco (UFPE).A divulgação desses rankings, cujos critérios são criticados por especialistas, acaba por confundir o estudante na hora de escolher uma instituição de ensino. É o que pensa, por exemplo, o especialista em educação e mestrando em políticas sociais e cidadania pela Ufba Manoel Calazans. Para ele, o conjunto de critérios de avaliação pelas organizações nem sempre mostram a realidade da instituição. A titulação dos professores, acrescenta ele, é importante para a qualidade da universidade, mas é preciso avaliar outras questões.
Não é referência -
“Um ranking como este ou tantos outros é importante, mas não é referência forte para o estudante definir qual o curso ou em qual instituição vai estudar. É preciso saber a tradição da instituição, se tem um núcleo de extensão forte, se forma bons profissionais. O ensino superior de qualidade depende de um tripé”.Quadros estatísticos podem se tornar avaliações simplistas ou camuflar outras informações importantes para definir a qualidade de uma instituição, acredita Calazans. Segundo ele, a incoerência está exatamente na possibilidade de, para um avaliador, certa instituição estar numa colocação ruim, e para outro, estar numa boa colocação. “Cada um utilizou critérios diferentes. Quando um aluno observa a instituição, pergunta a um egresso, a um professor e tem-se uma referência mais fidedigna”.Ele argumenta ainda que enquanto a USP não configura na lista de dez melhores universidades do País – devido ao fato de os estudantes terem rejeitado o Enade –, a instituição está entre as melhores da América Latina, conforme o ranking da QS. “Ao mesmo tempo em que a USP não está entre as dez melhores do Brasil pelo MEC, está entre as melhores da América Latina. Ou seja, não parece incoerente?”, questiona.Já o pró-reitor de ensino de pós-graduação da Ufba, Robert Verhine, afirmou que não entendeu a queda de posição da instituição. “É um ranking muito instável. Os critérios utilizados são muito discutíveis. Dão mais importância à reputação das universidades do que à produção acadêmica, por exemplo”, criticou.O pró-reitor de pesquisa e pós-graduação da UFPE, Francisco Ramos, questionou alguns critérios utilizados pela QS. “Os rankings devem, sim, ser levados em conta, mas não podem ser parâmetro para definição de políticas públicas para educação”.

 

FONTE: A Tarde / Foto: bocaonews.com.br  
 
 

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