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'A caneta será sem tinta', diz Adolfo Menezes, governador interino da Bahia
Domingo, 17 de Outubro de 2021

Governador interino da Bahia pelas próximas duas semanas, Adolfo Menezes (PSD) afirma que cumprirá o papel com discrição. O presidente da Assembleia Legislativa da Bahia (Alba) assume temporariamente a chefia do Executivo baiano em função de viagens do governador Rui Costa (PT) e do vice João Leão (PP).

"A caneta será sem tinta, até mesmo porque não tem o que mudar na melhor gestão de toda a história republicana da Bahia, que é a do governo Rui Costa", diz Menezes. "O povo da Bahia votou e confiou neles [Rui e Leão] para gerir a máquina pública do nosso Estado, portanto a legitimidade moral para definir políticas de governo é deles, e não será minha", acrescenta.

Sobre a agenda dos próximos dias, Menezes participará dos compromissos já agendados pela Casa Civil, atento a "decorrências e intercorrências deste período sombrio da nossa história, com negacionistas e terraplanistas atrapalhando ainda mais". "Mas já pedi ao Senhor do Bonfim e à Santa Irmã Dulce que tudo transcorra em paz", afirma.

Enquanto Menezes estiver à frente do Executivo, a presidência da Assembleia será ocupada pelo deputado Paulo Rangel (PT), primeiro vice-presidente, que "conhece bem a engrenagem da Casa". "Portanto, não haverá solução de continuidade também. Todas as votações estarão mantidas, assim como o funcionamento normal do parlamento baiano", diz. Confira a entrevista abaixo:

Qual a expectativa para os próximos dias, em que o senhor será governador interino da Bahia?

Em primeiro lugar, com muita honra, e também com muita serenidade. Sou o chefe do Legislativo e por um breve período de tempo vou assumir o Executivo da Bahia. Confesso que nem nos meus sonhos mais dourados esperava que um dia isso acontecesse. E está acontecendo. Vou ser governador, ainda que temporário, de um estado ímpar na economia, na história, na cultura, com um povo diferenciado. E me vem todo um filme na cabeça, da minha infância em Campo Formoso, de meus pais, de meu irmão Herculano – que era o melhor político entre nós – de minha família e de meus amigos. Só posso agradecer a Deus por este momento iluminado – mais um – em minha vida.

Como será a sua agenda no período?

A caneta será sem tinta, até mesmo porque não tem o que mudar na melhor gestão de toda a história republicana da Bahia, que é a do governo Rui Costa. Se uma canetada fosse suficiente, gostaria de assinar um decreto acabando com a fome, porque é injusto e absurdo que milhões de irmãs e irmãos brasileiros passem fome no terceiro maior produtor de alimentos do mundo e entre as maiores economias do mundo, embora tenhamos caído, nos últimos anos, de sexta economia para a 12ª. Dados atualizados de 2020 indicam que 19 milhões de brasileiros estão em situação de fome no país. Para se ter uma ideia desta calamidade, em 2018 eram 10,3 milhões.

O senhor participará de compromissos públicos? O que já foi definido?

Sim, vou participar de tudo que já estava agendado pela Casa Civil e responder pelos destinos da gestão pública baiana nas próximas duas semanas. Vivemos a maior crise sanitária de nossa história dos últimos 100 anos, com a pandemia da Covid-19, então é preciso estar atento para uma série de decorrências e intercorrências deste período sombrio da nossa história, com negacionistas e terraplanistas atrapalhando ainda mais. Mas já pedi ao Senhor do Bonfim e à Santa Irmã Dulce que tudo transcorra em paz.

Como foi o alinhamento com o governador Rui Costa em relação aos atos do Executivo nos próximos dias?

Alinhamento total em ideias e, sobretudo, em lealdade. É uma substituição temporária, por força legal, em virtude da ausência simultânea do país do governador Rui Costa e do vice-governador João Leão. O povo da Bahia votou e confiou neles para gerir a máquina pública do nosso estado, portanto a legitimidade moral para definir políticas de governo é deles, e não será minha.

Quem assumirá a presidência da Assembleia interinamente? O ritmo dos trabalhos na Casa será o mesmo? Quais são as próximas votações previstas?

O primeiro vice-presidente, deputado Paulo Rangel, assume a chefia do Legislativo enquanto eu estiver no comando do Executivo. É um parlamentar de conduta ilibada, exemplar, e que conhece bem a engrenagem da Casa. Portanto, não haverá solução de continuidade também. Todas as votações estarão mantidas, assim como o funcionamento normal do parlamento baiano.

Recentemente, o deputado Marcelo Nilo, ex-presidente da Assembleia, comentou que o senhor é bem avaliado entre os colegas e seria "candidatíssimo" a reeleição para a presidência da Alba. É uma possibilidade?

“A cada dia, sua agonia” é um ditado que usamos muito lá em minha terra, Campo Formoso. É muito cedo para se falar o que só irá acontecer em fevereiro de 2023. E não é retórica, não: primeiro preciso me reeleger deputado e trabalhar muito para que o nosso grupo político seja vencedor, mais uma vez, nas eleições gerais de 2022. Só depois de redefinido o quadro político, com os 63 deputados eleitos para a próxima legislatura, é que vamos tratar da presidência da Alba. Volto a dizer: não é retórica, mas somente a pura imposição da realidade.

 

FONTE: atarde.uol.com.br  
 
 

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