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Mais de 100 crianças morreram na Bahia por acidentes domésticos em 2024
As principais causas incluem afogamentos e submersões, com 9 casos masculinos e 6 femininos
Terça-Feira, 05 de Novembro de 2024

Acidentes domésticos estão entre as principais causas de morte entre crianças e adolescentes. É fundamental ter atenção redobrada, especialmente com os pequenos, que têm uma curiosidade natural e tendem a explorar tudo ao seu redor. Essa curiosidade pode, em alguns casos, levar a situações perigosas e até fatais. Segundo dados da Secretaria de Saúde do Estado da Bahia, em 2024, foram registrados 105 óbitos por acidentes domésticos entre crianças. Desses, 57 eram meninos e 48, meninas.

As principais causas incluem afogamentos e submersões, com 9 casos masculinos e 6 femininos. Também foram registradas obstruções respiratórias por ingestão de alimentos, com 3 meninos e 5 meninas, além de 1 menino por exposição a fumaça e fogo. Outras causas envolvem choques elétricos e afogamentos devido a quedas em piscinas.

Dr. Kátia Baptista, pediatra e nutróloga da Sociedade Baiana de Pediatria (Sobape), enfatiza que a instalação de telas de proteção e grades de segurança é crucial para prevenir quedas. Ela recomenda especialmente que as escadas sejam protegidas para evitar que as crianças acessem áreas perigosas, como a cozinha, onde podem se queimar. “Ao prevenir que as crianças saiam para a rua e se envolvam em acidentes, como atropelamentos, é vital observar todos os ambientes da casa, incluindo o banheiro, onde quedas também são comuns”, destaca.

 A especialista alerta sobre a importância de armazenar produtos de limpeza e medicamentos em locais altos e trancados. “É essencial manter esses itens em suas embalagens originais, dentro de caixas fechadas, e em locais onde as crianças não possam alcançar”, explica. “Mesmo que estejam em prateleiras mais altas, não devemos subestimar a curiosidade e a habilidade das crianças, que podem tentar subir em móveis para alcançar esses produtos”, complementa.

A pediatra também recomenda evitar o uso de medicamentos com cores chamativas, que podem ser confundidos com doces por crianças pequenas. “Escolher remédios com tampas de segurança é uma medida eficaz para prevenir o acesso indevido”, sugere.

A especialista menciona que existem cursos de primeiros socorros oferecidos por bombeiros, voltados para pais e cuidadores que não têm formação na área de saúde. Esses cursos são essenciais para ensinar manobras como desobstrução das vias aéreas e técnicas de reanimação. “Os pais precisam aprender a lidar com situações como engasgos, utilizando manobras corretas para ajudar a criança”, explica.

Em situações de queimadura, Dr. Kátia recomenda colocar a criança sob um chuveiro com água fria e remover suas roupas para evitar que elas grudem na pele queimada. Ela desaconselha o uso de produtos como pasta de dente ou Hipoglós, que podem agravar a situação. Para casos de afogamento, a especialista orienta que a primeira ação deve ser a tentativa de remover o líquido dos pulmões da criança, seguidas pelas manobras de reanimação.

A especialista destaca que as crianças em idade mais avançada, que já andam e têm acesso a mais objetos, são as mais vulneráveis. “Crianças que usam andadores ou têm liberdade de movimento são mais propensas a se machucar ao alcançar locais perigosos”, explica.

 A pediatra orienta os pais a ficarem atentos a sinais de que a criança pode estar ferida. “Se uma criança que caiu começa a vomitar ou apresenta dificuldade para respirar, isso pode indicar uma emergência”, ressalta.

Ela também menciona que ingestões acidentais de medicamentos ou mordidas de animais são situações que requerem atenção imediata.

 A pediatra afirma que a melhor prática para garantir a segurança na cozinha é manter as crianças longe desse ambiente. “É fácil se distrair enquanto cozinha, e uma criança pode acabar se ferindo com panelas quentes ou facas”, alerta.

 “Além disso, pequenos itens, como grãos e nozes, podem representar um risco de engasgo”, completa.

 

FONTE: www.trbn.com.br  
 
 

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