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Mais de 4 mil pessoas já morreram, este ano, por diabetes na Bahia
A estimativa é de que, em 2030, cerca de 21,5 milhões de pessoas venham a conviver com a patologia no país
Sábado, 15 de Novembro de 2025

Entre janeiro e outubro deste ano, 4.530 pessoas morreram na Bahia por diabetes mellitus, segundo a Secretaria da Saúde do Estado da Bahia (Sesab), e em todo o ano passado, foram registrados 6.226 óbitos de pacientes com o diagnóstico e 11.142 internações no estado. Segundo a Sociedade Brasileira de Diabetes, existem, no Brasil, mais de 13 milhões de pessoas vivendo com a doença, o que representa 6,9% da população nacional.

Conforme o Atlas do Diabetes da Federação Internacional de Diabetes, o Brasil é o quinto país em incidência de diabetes no mundo, perdendo para China, Índia, Estados Unidos e Paquistão. A estimativa é de que, em 2030, cerca de 21,5 milhões de pessoas venham a conviver com a patologia no país.

Nesta sexta-feira (14), data que marca o Dia Mundial do Diabetes, uma campanha internacional reforça o debate sobre o impacto dessa condição crônica na vida profissional e como os gestores podem contribuir para o bem-estar de quem já tem o diagnóstico e/ou na prevenção. Como explica a vice-presidente da Sociedade Brasileira de Diabetes e Diretora fundadora do Centro de Diabetes e Endocrinologia do Estado da Bahia (CEDEBA), Reine Chaves, um dos principais desafios com relação à vida laboral do paciente com diabetes é a necessidade monitorização mais contínua, que implica em parar alguma atividade para fazer a checagem da glicemia ou utilização da insulina.

“A necessidade, algumas vezes, quando existe um desenvolvimento de descompensação, de ir com mais frequência ao banheiro, de precisar ter uma alimentação mais especial. Mas, a pessoa com diabetes tem plena capacidade de produção igual a uma pessoa que não tem diabetes e isso não deve ser levado em consideração: o fato de que uma pessoa que tenha diabetes possa ser uma situação de algum tipo de dificuldade diante de um trabalho. Eu acho que nós precisamos valorizar e entender que ter diabetes não é nenhum estigma que venha a prejudicar o seu desempenho no trabalho”, destaca a especialista.

Conforme o Ministério da Saúde, diabetes é uma doença causada pela produção insuficiente ou má absorção de insulina, hormônio que regula a glicose no sangue e garante energia para o organismo. O diabete pode causar o aumento da glicemia e as altas taxas podem levar a complicações no coração, nas artérias, nos olhos, nos rins e nos nervos, levando, em casos mais graves, até à morte.

Chaves alerta que a prevenção é a bandeira principal para o diabetes e esse deve ser um mote também das empresas, em relação a campanhas com foco na saúde do trabalhador. A especialista destaca o estímulo a hábitos de vida saudáveis, alimentação adequada, combate ao sedentarismo, além do monitoramento, caso o indivíduo apresente fatores de risco.

Para o paciente com o diagnóstico da patologia, a médica orienta buscar o controle, intensificar a avaliação periódica e estimular a prevenção de complicações. “O diabetes tem crescido muito em função das mudanças de hábitos de vida. O sedentarismo, a alimentação, muito baseada em comidas rápidas, em comidas muito calóricas”, destaca Chaves, que aponta a obesidade como fator importante para o desenvolvimento precoce do diabetes e das doenças cardiovasculares.

Ela cita campanhas realizadas pela Sociedade Brasileira de Diabetes, através de vários programas de saúde pública, que visam trabalhar o autocuidado, para que o paciente entenda que a doença crônica exige o tratamento para o resto da vida. “O paciente com a doença crônica dependerá do medicamento até o final dos seus dias”, reforça.

Segundo a vice-presidente da entidade, o tratamento do diabetes é baseado em um tripé: o tratamento da glicemia, do colesterol e da hipertensão. “Cada vez mais os estudos mostram a necessidade de se manter um número baixo para que a gente obtenha a verdadeira prevenção para doença cardiovascular que é a grande complicação do diabetes nos dias atuais. Então, hoje, nós precisamos passar para o paciente, desde o momento do diagnóstico, a importância de ele manter esse tratamento e entender que na hora que ele repete o exame e os exames estão normais, isso significa que o tratamento está dando certo e não é para suspender o tratamento”, alerta.

Por isso, a orientação da especialista é manter hábitos de vida saudáveis, que contribuam para a prevenção e o controle do diabetes, uma alimentação bem equilibrada, a prática de atividade física no seu cotidiano e o uso das medicações prescritas de forma adequada. “Seguramente, vão contribuir não só para prevenir quem não tem diabetes como também para controlar a doença naqueles pacientes que já têm o diagnóstico confirmado”, completa Chaves.

O diabetes se manifesta em quatro formas principais: o tipo 1 ocorre quando o organismo deixa de produzir insulina, sendo mais comum em crianças e jovens; já o tipo 2, responsável pela maioria dos casos, resulta da dificuldade do corpo em usar a insulina de forma adequada e está ligado ao sedentarismo e ao excesso de peso; o pré-diabetes é uma fase intermediária, quando a glicose está elevada, mas ainda sem diagnóstico definitivo; e há ainda o diabetes gestacional, que surge na gravidez e exige acompanhamento para evitar complicações para mãe e bebê. 

 

FONTE: www.trbn.com.br  
 
 

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